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CFM Pedirá à Anvisa Proibição do PMMA em Procedimentos Estéticos

O CFM (Conselho Federal de Medicina) solicitará à Anvisa a proibição do uso do PMMA (polimetilmetacrilato) em procedimentos estéticos. A substância, que também é utilizada em fins industriais, marca uma mudança na posição do Conselho sobre a segurança e eficácia do produto no setor.

1/21/20251 min read

O Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou que, nesta terça-feira (21), fará um pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para banir o PMMA (polimetilmetacrilato) em procedimentos estéticos. Essa solicitação marca uma mudança importante no posicionamento do CFM, que, até julho do ano passado, defendia que somente médicos, com formação e capacitação adequadas, poderiam utilizar substâncias como o PMMA, além de criticar a aplicação do produto por profissionais não médicos.

O PMMA é uma substância plástica que, embora seja utilizada principalmente para fins industriais, também tem sido aplicada em procedimentos estéticos no Brasil há mais de 10 anos, principalmente para o preenchimento subcutâneo. A Anvisa, apesar de não contraindicar seu uso para tratamento de correções como irregularidades e concentrações de gordura no corpo, alerta que o PMMA não é indicado para o aumento de volume corporal ou facial. A substância é classificada como de "máximo risco" pela agência.

Embora a Anvisa tenha permitido o uso do PMMA para determinadas finalidades, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica alerta para os riscos de seu uso estético. O PMMA é recomendado apenas para correção de sequelas de tumores, rugas, pequenas cicatrizes e condições congênitas, como o lábio leporino. Contudo, o uso estético pode gerar complicações graves, como inflamações e infecções, que resultam em danos estéticos e funcionais irreversíveis.

Em contraste, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda o uso do ácido hialurônico para fins estéticos, uma substância natural do corpo humano. O ácido hialurônico é considerado mais seguro, pois não gera os mesmos riscos inflamatórios e infecciosos que o PMMA, além de oferecer resultados mais controláveis e reversíveis.