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Evo Morales é Alvo de Mandado de Prisão na Bolívia por Ausência em Audiência de Acusação de Abuso Sexual

Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, é alvo de investigação por suposto envolvimento em caso de estupro de uma menor em 2016. A Justiça boliviana emitiu um mandado de prisão após sua ausência em uma audiência sobre o caso. Morales nega as acusações e alega perseguição política.

1/17/20251 min read

A Justiça da Bolívia emitiu, nesta sexta-feira (17), um mandado de prisão contra o ex-presidente Evo Morales. A decisão foi tomada após Morales não comparecer a uma audiência judicial para responder às acusações de violência sexual. O ex-presidente é acusado de envolvimento em um caso de estupro de uma menor de idade ocorrido em 2016, o que gerou grande repercussão no país.

Segundo o ministro boliviano da Justiça, César Siles, do governo do presidente Luis Arce, o caso foi divulgado no ano passado. Siles destacou a gravidade das acusações em uma coletiva de imprensa, afirmando que se trata de um crime grave que não deve ficar impune. A vítima, uma menor de 15 anos na época, teria dado à luz uma filha fruto do suposto relacionamento com Morales.

O escândalo veio à tona em 2024, quando a promotora Sandra Gutiérrez revelou ter sido destituída por solicitar a prisão de Morales, vinculando-o a uma investigação por "tráfico de pessoas". Documentos vazados indicam que o ex-presidente teria se envolvido com a menor durante seu mandato, agravando ainda mais a situação política e jurídica de Morales.

Apesar das graves acusações, Morales reagiu nas redes sociais afirmando não temer as perseguições políticas que, segundo ele, enfrentou ao longo de sua carreira. Ele acusou os governos neoliberais, incluindo o atual, de tentarem silenciá-lo por meio de ameaças e processos judiciais. A mensagem sugere que o ex-presidente acredita estar sendo alvo de uma conspiração política.

Em meio a essa turbulência, uma juíza de Santa Cruz anulou a ordem de prisão contra Morales, atendendo a um recurso apresentado por seus advogados. A promotora Sandra Gutiérrez, que inicialmente pediu a prisão, alegou ter sido afastada sob instrução do procurador-geral, o que levantou suspeitas sobre a imparcialidade do processo. Enquanto isso, Morales e Luis Arce continuam disputando a liderança do partido MAS e a candidatura presidencial para as eleições de 2025.